O espaço Oficina vai além de seus anos de história que o compõem. Encontram-se ali reunidos desejos em atribuições singulares que transcendem o próprio fazer da arte. Um espaço - tempo contínuo de trocas e alimentação da alma. Cada um com sua diferença e unicidade gera um elo entre os estados das coisas e as obras que ali estão em processo. A vontade de estar bem e em harmonia como em sua própria casa, habitar o espaço Oficina em sua duração contínua reforça ainda mais um mundo possível de linhas de forças, como numa trama onde as direções se cruzam e se consolidam.

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O lugar da Oficina de Gravura do CIC, é um espaço dedicado ao fazer artístico em suas múltiplas intenções. São subjetividades que perpassam no local e em sua maioria permanecem. Ali se trocam ideias, desejos, vivências e discussões sobre este fazer tão raro nos dias atuais.

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Por se tratar de um lugar acolhedor, íntimo e tão prazeroso este espaço vai além da sua fisicalidade e sua fundação para se confabular como uma casa. Casa de fazer, de ouvir, de estar em silêncio, de escutar o barulho da prensa, de estar em movimento através do traço, do desenho, da textura e das marcas. A História das Oficinas da Fundação Catarinense de Cultura nos traz memórias de coragem, desafios, persistência, união e produções valiosas, e não me refiro somente a bens materiais.

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Reencontrar pessoas que mercaram passagens e momentos importantes no tempo e na história da arte, e que na grandeza da solitude ou unidos pelo criar em grupo, nos desafiam a continuar querer saber, a retomar forças pra resistir e mergulhar mais e mais no universo do conhecimento das artes, aí nesse lugar, podemos sentir nossa potência infinita para inventar, transformar e realizar.

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Ane Fernandes

Luciana Knabben

Curadoras